quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Alfabetização: um repensar constante!

Francisca E. C. Alberto (diretora da instituição) e Simonia Tomaz (Coordenadora pedagógica)

Apesar da escola ter aumentado suas taxas de escolarização nos últimos anos, alfabetizar os alunos ainda é um dos maiores desafios da educação. As contribuições advindas das áreas educacional, sociológica, psicológica, linguística entre outras, apontam que o fracasso escolar não pode estar condicionado somente ao aluno, mas também à escola,na medida em que desloca o eixo da discussão de como se aprende, para como se ensina.
Muitos estudos têm sido feitos sobre como as crianças aprendem a ler e a escrever e a cada dia comprova-se que elas pensam no texto escrito muito antes do que se imagina . A língua escrita faz parte do mundo em que as crianças vivem, está presente em casa, na rua, no colégio, na aula. Segundo Emília Ferreiro, a escrita é importante na escola, porque é importante fora dela e não ao contrário.
Ao participar dos contextos sociais de produção e da interpretação da língua escrita, a criança espontaneamente a explora, reflete sobre ela e inicia a reconstrução dos princípios que a regem. Tudo isto constitui uma bagagem de saberes a partir da qual a criança vai construindo o conhecimento da leitura e da escrita e, à medida que vai operando com elas, seu funcionamento vai sendo compreendido. O ensinar a ler e a escrever deve estar associado às situações e atividades que tenham função e um sentido reconhecidos pela própria criança e pela comunidade a que ela pertence.
Cabe à escola, um repensar constante sobre o processo de alfabetização, tanto no que refere-se às concepções de ensino e aprendizagem realizados em situações reais, com função social concreta , quanto no investimento na formação continuada do professor. Pois o educador que freqüentemente repensa-se enquanto sujeito mediador do processo de construção de conhecimento, está atento e sensível a reconstruir sua práxis, estabelecendo conexões entre a experiência e a conceituação, entre a teoria e a prática.
A questão principal não é tentar encontrar um método, que por si só, garanta sucesso total na alfabetização, mas discutir metodologias, pois aprende-se a ler e a escrever de diversas maneiras.
Aprende-se melhor quando é possível vivenciar, experimentar, sentir; ao interagir com os outros e com o mundo.

É possível ser moderno só com lápis e papel?

Professora Fabíola- 1º ano Ensino Fundamental
Hoje, os computadores e a Internet permitem que escolas de diferentes lugares se comuniquem entre si cada vez mais.
A cena imaginária se passa no final da década de 80, em uma sala de aula de uma escola primária da antiga União Soviética.

A professora, segurando um computador em cada mão, pergunta:

— Bem, crianças. Eu tenho um computador nessa mão e outro nessa mão aqui. Quantos computadores eu tenho ao todo?

A piada permite imaginar um caso extremo, em que nenhum dos recursos do computador é explorado.

Usando os termos de Piaget, poderíamos dizer que, no exemplo, a escola "assimilou" completamente os computadores, sem de forma alguma "acomodar-se" ao seu grande potencial para transformar suas práticas.

Vejamos agora um outro exemplo, real, em que, muito antes da invenção dos computadores, um grande educador nos dá uma ótima idéia sobre como eles podem ser aproveitados na escola do século XXI.

Esse educador é o francês Celéstin Freinet (1896-1966). Ferido no pulmão durante a Primeira Guerra Mundial, vamos encontrar Freinet, por volta de 1925, sem fôlego nem paciência para passar o dia dando aulas para os filhos de camponeses pobres, seus alunos, nas aldeias do sul da França. Conhecedor das idéias da Escola Ativa (conhecida entre nós como Escola Nova), Freinet buscava uma saída que mudasse toda a dinâmica de sua classe. A solução veio com uma revolução: Freinet comprou uma velha imprensa, dessas de fazer jornais, e colocou-a no coração de sua sala. As crianças começaram a montar textos, contando seus passeios pela aldeia, seus sonhos, seu mundo.


Os textos eram compostos e impressos até pelas crianças ainda não-alfabetizadas. Logo, os alunos de Freinet trocavam, pelo correio tradicional, textos, desenhos e poesias com escolas da França, de outros países da Europa e até da África. Assim, Freinet criou, antes de 1930, uma técnica simples e revolucionária, chamada por ele de "correspondência interescolar", que traz resultados educativos excelentes sempre que é experimentada.


O exemplo de Freinet, contrastado com a anedota que abre este pequeno artigo, nos leva a perguntar: será que é possível sermos modernos (ou "pós-modernos") só com lápis e papel, e antiquados até mesmo com os últimos e melhores computadores? Mas é claro que os computadores são ferramentas que facilitam a realização de mudanças positivas nas escolas e em seus métodos. Freinet, por exemplo, que gostava de novas tecnologias, certamente ficaria encantado com as possibilidades de comunicação e expressão oferecidas pelos computadores, programas de autoria, editores de texto, recursos multimídia e de impressão e, especialmente, com a facilidade em trocar mensagens e materiais via Internet.


Hoje os computadores e a Internet permitem que escolas de diferentes lugares se comuniquem entre si cada vez mais. Com as novas tecnologias, ficou muito mais fácil realizar o sonho de Freinet: criar uma rede de escolas em que boa parte das atividades das crianças consiste em produzir materiais e textos para serem trocados com crianças de outros lugares.

Certamente, ao ingressarmos no século XXI, vale a pena continuar buscando inspiração em Freinet e em outros pioneiros que, com limitados recursos técnicos, apontaram novos caminhos para as práticas educativas em nossas escolas.

Vacinação: Ministério da Saúde anuncia o fim do Zé Gotinha

Segundo informações exclusivas obtidas por CRESCER, a vacina Sabin - a gotinha contra a poliomielite oferecida nas campanhas nacionais de vacinação (composta pelo vírus vivo atenuada) vai ser substituída pela Salk (uma injeção com o vírus morto). Esse processo de transição deve ocorrer em até cinco anos. Saiba como isso vai mudar o esquema de vacinação infantil no país



Pode começar a se preparar para dar adeus ao Zé Gotinha, o famoso personagem das campanhas de vacinação nacionais contra a poliomielite, que combate a paralisia infantil. O Ministério da Saúde anunciou, com exclusividade à CRESCER, que o esquema de vacinação contra a pólio vai ser mudado: a vacina oral, a Sabin (composta pelo vírus atenuado, mas vivo) dará lugar a vacina intramuscular, a Salk (feita com o vírus morto). Isso porque a conhecida “gotinha”, por conter o vírus atenuado, oferece um risco, embora muito raro, de a criança desenvolver a doença. A decisão do Ministério segue uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para que os países se preparem para a erradicação da poliomielite no mundo, o que deve acontecer em até cinco anos. No Brasil, a doença já está erradicada, mas com o uso da Sabin sempre há este risco mínimo dela se manifestar.




Os infectologistas Marcos Lago, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e membro do comitê de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, e Renato Kfouri, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, adiantaram a CRESCER que essa mudança está prevista para acontecer já no ano que vem, embora o Ministério da Saúde diga que a data ainda não está definida. "A implantação de uma vacina é algo que dura três, quatro anos, pois é preciso garantir a sustentabilidade da produção. O que estamos fazendo agora é a discussão e o estudo de como será feita a introdução dessa vacina", afirma Carla Domingues, coordenadora geral do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde. Em entrevista exclusiva à CRESCER, ela deu mais detalhes de como será essa mudança e como isso vai impactar no calendário nacional de vacinação:



CRESCER: Como vai funcionar o esquema de vacinação quando a Salk for introduzida?

Carla Domingues: Em um primeiro momento, nós vamos fazer um esquema combinado, com as duas primeiras doses de pólio inativada, a Salk, aos 2 e aos 4 meses, e mais dois reforços com a pólio oral (aos 6 meses e aos 15 meses). Depois, a criança continua seguindo o esquema da campanha nacional de vacinação e permanece tomando a Sabin, como a gente faz de rotina. Quando esse esquema for implementado, teremos apenas uma campanha nacional contra a poliomielite.



C: Ela será mais uma injeção que a criança precisará tomar?

CD: Por enquanto, sim, mas depois a Salk vai ser introduzida em uma vacina heptavalente. Primeiro vamos disponibilizar a Pentavalente no ano que vem, que vai ser a junção da atual DTP (que protege contra difteria, tétano e coqueluche) com hemófilos do tipo b (contra meningite) e a hepatite B. Em um segundo momento, daqui a quatro ou cinco anos, vamos ter a heptavalente, que vai incluir ainda a meningocócica C e a Salk, a pólio inativada. Nós não vamos substituir completamente, nesse primeiro momento, a Sabin pela Salk, e sim vamos fazer uma transição - que é este esquema combinado, citado anteriormente -, até o momento em que a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) definam que a doença está erradicada no mundo. Aí sim nós vamos deixar de usar a pólio oral e passa a usar só a inativada, a Salk.



C: E a Salk já será introduzida no calendário no ano que vem?

CD: Existe toda uma discussão técnica e operacional para se definir qual é o melhor momento para fazer essa transição, mas ainda não está definido que será o ano que vem. Porque a gente tem que discutir toda a questão da produção da vacina, de capacitação da rede, de organização para distribuição da vacina, a própria aquisição junto ao laboratório produtor. Então nós ainda não temos um plano definido de introdução. Se em janeiro a gente tiver a garantia de que vai ter a produção da vacina, que os profissionais estarão capacitados, que a rede de distribuição já tem condições de absorver a demanda, aí sim ela vai acontecer no ano que vem. Mas se um desses fatores não estiver pronto, nós não vamos tomar uma decisão irresponsável de introduzir uma vacina como essa, que significa uma conquista da sociedade brasileira (a erradicação da poliomielite), e correr o risco de ter falta de vacina e até de ter a reintrodução da doença no país. A mãe não pode chegar num posto, procurar a vacina contra a pólio e não ter.

FONTE: REVISTA CRESCER




Sertanejo ou Caipira



Teatro Municipal Vera Cruz


O Show musical SERTANEJO OU CAIPIRIA UM OLHAR ATRAVÉS DOS TEMPOS é uma proposta para levar a comunidade Uberabense a curtir um belo espetáculo onde se mostra tradições e raízes de um povo que tem como a música sertaneja sua cultura. Além de um admirável espetáculo com qualidade musical, cenário e tema, a população Uberabense também estará ajudando o ICBC a manter seus atendimentos.
O Show consiste na apresentação do cantor e compositor Alexandre Saad e seus convidados Marcelo Taynara, Hélio Chaves, André Novais, Rosana Alkmin e Athos & Banda que passarão pelas músicas caipiras clássicas e composições próprias, passeando por causos e poemas. O show discorre musicalmente através dos estilos “sertanejo e caipira”, suas relações através dos tempos com a Música Popular Brasileira e com a cultura interiorana brasileira.



Venda de convites:



Lear Livraria (3311-2465 / Shopping Uberaba)

River Auto Peças (2103-0800 / Av. Cel. Joaquim de Oliveira Prata, 574)

AMUR (3315-6952 / Av. Barão do Rio Branco, 862)

Instituto de Cegos do Brasil Central (3321 5546 / Rua Marques do Paraná, 351)